Presidente David O. McKay
A Liahona - setembro de 1969.
De acordo com as Escrituras, “...nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher.” (I Cor. 11:11). Homens e mulheres raramente conseguem elevar-se acima das metas que estipularam um para o outro. Embora a vida da mulher esteja repleta de quase tudo o que é bom e amável é incorreto falar-se de um mundo da mulher e um mundo do homem, pois são inseparavelmente ligados. De um modo geral, homens e mulheres têm os mesmos interesses, idênticas esperanças e aspirações; o sucesso ou o fracasso de um é o sucesso ou fracasso do outro. Partilham as mesmas alegrias, carregam os fardos um do outro, e juntos trabalham para alcançar o sucesso. Repito, não existe uma esfera masculina e outra feminina. Existe, sim, somente um reino no qual cada um contribui com sua parte para o alcance do destino almejado. A esfera feminina é tão ilimitada como a do homem.
Entretanto, quando o divino Criador fez o homem e a mulher, estabeleceu entre os dois uma diferença tão distinta no tocante a temperamento, tendências naturais e campos de atividade, quanto no tocante ao sexo; a mais sublime beleza e a harmonia mais plena na vida são alcançadas quando o homem devota sua vida àquilo para o que a natureza o destinou, e a mulher se dedica verdadeiramente às ocupações para as quais é dotada.
É objeto de grande preocupação o fato de que as condições sociais e econômicas atuais estejam atraindo, senão forçando, a mulher a abandonar a esfera na qual ela pode encontrar maior felicidade e prestar melhor serviço à humanidade.
O sexo feminino deve ser inteligente e puro, porque é a própria fonte da vida, da qual verte a corrente da humanidade. Aquela que polui essa corrente com fumo, drogas perniciosas ou germes capazes de prejudicar os futuros seres é desleal para com seu próprio sexo e inimiga da força e perpetuidade da raça.
Uma das maiores necessidades no mundo de hoje é a maternidade inteligente, conscienciosa. É no lar que precisamos inculcar as virtudes fundamentais que tanto contribuem para o bem-estar e a felicidade do homem.
A maternidade é a maior influência potencial, tanto para o bem quanto para o mal na vida humana. A imagem da mãe é a primeira que se estampa nas páginas em branco da mente infantil. Seus carinhos despertam o senso de segurança; seus beijos, a primeira experiência do afeto; sua simpatia e ternura, a primeira evidência de que existe o amor no mundo. É verdade que chega a época em que o pai assume o papel de herói e exemplo na vida do menino; e este, em seu crescente anseio de adquirir características masculinas, aparentemente afasta-se das virtudes mais meigas e sensíveis da mãe. No entanto, essa influência orientadora e restritiva implantada durante seus primeiros anos de vida subsistirá para sempre, impregnando seus pensamentos e sua memória tão distintamente como o perfume peculiar de cada flor.
Há pequenos laços de influência que prendem e moldam a vida das crianças, até que na juventude começam a ser tolhidas pelas amarras, e mais tarde, pelas cadeias — as cadeias do hábito. As forças que lançam esses pequenos laços na vida das crianças são o lar, o local de recreio, a escola, os companheiros e a sociedade.
As leis da vida e a palavra revelada de Deus se completam ao colocar sobre os pais e as mães a responsabilidade de assegurar que seus filhos venham ao mundo puros e livremente, como também de criá-los na fé e na retidão. Devem ser ensinados a "compreender a doutrina do arrependimento, da fé em Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, e do batismo, e do dom do Espírito Santo pela imposição das mãos, ao alcançarem oito anos de idade. Aqueles que negligenciarem esse preceito e exemplo, sobre a cabeça dos pais seja o pecado.” (D&C 68:25)
Em sua forma ideal, a vida é uma parceria entre o homem e a mulher, cada qual empenhando-se em guardar os mandamentos e em fazer a vontade do Senhor.